Projeto piloto de hidrogénio verde vai ser implementado no Seixal (com vídeo)
Por Redação S+ Imagem DR -16 de Outubro, 2021
Denominado por “Green Pipeline Project”, o projeto pioneiro de injeção de hidrogénio verde na rede de gás foi apresentado ontem pela GGND (Galp Gás Natural Distribuição) no Seixal.
Este projeto piloto vai ocorrer no Seixal e, numa primeira fase, vai envolver uma amostra de 80 clientes residenciais, terciários e indústria. Estes consumidores vão receber uma mistura de gás natural hidrogénico já a partir de janeiro de 2022.
O hidrogénio Verde, combustível 100% renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, através da parceria da GGND com a empresa Portuguesa Gestene. A injeção deste combustível na rede de gás “vai beneficiar a estratégia de descarbonização do país”, afirmou, durante a apresentação, o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba.
Na sua intervenção, que decorreu no Auditório do Complexo dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal, João Galamba considerou que Portugal tem de continuar a apostar fortemente nas energias alternativas para se tornar cada vez mais autossuficiente.
“Se as empresas portuguesas, os consumidores de energia quiserem eliminar a volatilidade, o risco e a incerteza da dependência total e absoluta do mercado externo de produtos que não controlamos, a melhor maneira é apostar nas renováveis. Seja na eletricidade e no gás, independentemente das vantagens ambientais e económicas em que substituímos uma importação cara e poluente por um recurso endógeno potencialmente mais barato, é uma vantagem que deve ser assumida e aproveitada pelo nosso país”. disse
Já o presidente da câmara, Joaquim Santos, considera que o concelho está na vanguarda da inovação. “O Seixal está na linha da frente da inovação, aliás estamos na direção na secção de municípios inteligentes da Associação Nacional de Municípios Portugueses”, recordou o autarca em declarações ao Semmais.
Reforçou ainda que o concelho aposta nas tecnologias em prol do ambiente, abordando o projeto do Laboratório Verde para a Descarbonização, promovido pela autarquia, o qual representa um investimento de “2,5 milhões de euros, em que o Estado só apoia com meio milhão”, e apelou diretamente ao governante João Galamba para que o “Governo seja mais profícuo no apoio aos municípios nestes investimentos”.
Para Gabriel Sousa, CEO da GGND “este projeto é um marco importante para o sistema energético nacional, porque promove uma mudança na economia mais verde, tendo como base uma das redes de distribuição de gás mais modernas da Europa”.
O financiamento deste projeto ficou a cargo do Fundo de Apoio à Inovação (FAI), tendo ao mesmo sido atribuída a avaliação de mérito excecional, pelo seu carater inovador e relevância ao momento atual. Liderado pela GGND, o “Green Pipeline Project” conta com a participação de vários parceiros, desde a área da energia à construção, juntado os contributos da academia e de instituições públicas e privadas.